domingo, 4 de maio de 2014

A PRAÇA, SONS DO CÉU E A ETERNIDADE...




Queridos, hoje vou tratar de  um assunto que há algum tempo ocupa meu coração.
Sei que o texto ficou longo, mas encorajo você a investir algum tempo comigo para ler tudo...
Talvez, um dos textos mais importantes que já escrevi.
É o conteúdo desta manhã de domingo dia 4 de maio de 2014, e vou tratar mais sobre o tema nos próximos domingos...
Creio que se nós compreendermos quem somos, de onde viemos, do que temos saudades, e para onde vamos, nossa vida estará completamente solucionada...
Transformada!
E isso só é possível se estiver edificada sobre Jesus, O Cristo...
Leia com sua Bíblia do lado, e confira TODOS os textos bíblicos que publiquei aqui.
Leia o contexto, e confira se o que eu digo é bíblico!

Nunca "coma pela mão dos outros" quando o tema é sua vida e sua eternidade.

Oro a Deus para que você possa "ouvir os Sons do Céu", e vir conosco para um grande encontro, logo ali...  perto da "Praça"...
 
Na maioria das culturas observamos um conceito arquitetônico bastante comum...
A existência de uma praça central na cidade.
Em alguns lugares, chamado de Praça Matriz.
Como você descreveria uma praça? Quais os ingredientes que vem para a sua mente quando pensa em uma praça? O que encontramos em uma praça?
Aliás, você já pensou de onde veio o conceito “praça”, ou por que elas deveriam existir?
Neste formato?
E, além disso, algo que eu gostaria de acrescentar, e este o motivo do texto: POR QUE ISSO É IMPORTANTE?
Salomão, do alto de toda a sua sabedoria, não igualada por nenhum outro homem que andou na terra, nos apresenta uma pergunta registrada no livro de Eclesiastes 1:10:
Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo”?
E nos responde imediatamente:
Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós”.
Assim, com base neste texto, precisamos considerar que muitas, senão todas as coisas que existem em nosso mundo atual, são reflexos, conseqüências ou manifestações de verdades anteriores. Aliás, existem muitas coisas que afetam nossas vidas hoje, que aconteceram desde a “fundação do mundo”, ou mesmo, antes dela.
Vejamos:
Deus amou Jesus antes da fundação do mundo. Não nos parece nada surpreendente, já que ambos existiam na eternidade anterior. Entretanto, a figura do amor de um pai para seu filho, tão natural em nosso mundo contemporâneo, reflete uma verdade anterior não apenas à humanidade, mas ao seu próprio ecossistema.
Ou seja, uma experiência da eternidade anterior, encontra ecos hoje em dia:
João 17:24 Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.
Assim, quando Deus criou o homem e a mulher, e os abençoou para terem filhos, e estes filhos serão amados pelo seu pai, Deus aponta para o Seu próprio amor pelo Seu Filho Jesus, e, também, confirma o Seu eterno amor pelos Seus filhos por adoção, aqueles que viessem a receber o Seu Filho.
Deus nos escolheu antes da fundação do mundo. Ele nos escolheu em Cristo para sermos santos e irrepreensíveis.
Antes que houvesse em nosso entendimento o conceito de santidade, ou de alguém ser ou não repreensível.
Na verdade, antes que o pecado tivesse entrado no mundo, e antes que houvesse leis que definissem o que é santo e o que não é
Efésios 1:4 ... assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor.
A figura da necessidade de um descanso também é anterior ao nosso cansaço.
Deus estabeleceu uma verdade espiritual e profética, que se manifesta em nossa vida física, quando, após trabalharmos, precisamos descansar.
Antes que existíssemos, antes que nos cansássemos, Deus já nos tinha proporcionado descanso.
Hebreus 4:3 Nós, porém, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus tem dito: Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Embora, certamente, as obras estivessem concluídas desde a fundação do mundo.
Pedro nos apresenta outra figura preciosa e poderosa, anterior à fundação do mundo, qual seja a figura do Cordeiro sem defeito nem mácula, e o Seu sangue.
Com certeza fica-nos bastante difícil compreender como esta verdade poderia existir antes da fundação do mundo, mas novamente temos por claro que quando Deus criou os cordeiros em seu trabalho criativo em Gênesis, já tinha outra figura profética planejada. Figura que deveria, mais uma vez, revelar uma verdade eterna. Assim, quando Ele mesmo estabeleceu as leis e ordenanças, quando o cordeiro precisava ser perfeito, sem manchas nem máculas, e seu sangue deveria ser derramado, Deus estava apontando então não apenas para Jesus que haveria de vir, mas para uma verdade parte da eternidade anterior, que nos é bastante complexa entender.
I Pedro 1:18 ... sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, 19 mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo,20 conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós 21 que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus.
Vemos no texto que nosso procedimento fútil é um legado de nossos pais.
Distorção generacional...
Mas também vemos que Jesus, O Cordeiro foi manifestado ANTES da fundação do mundo...
E a obra de Jesus é tão importante, poderosa e eterna, que se manifesta de uma forma continuada, cobrindo todos os tempos.
O Cordeiro foi conhecido antes da fundação do mundo na revelação de Pedro; na visão de João, o Cordeiro foi morto desde a fundação do mundo.
No nosso ângulo de visão, o Cordeiro foi morto 2000 anos atrás...
Apocalipse 13:8... e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.
O início do processo de nossa salvação eterna também acontece desde a fundação do mundo. Desde a entrada do pecado em nosso mundo, Deus já operava e registrava a salvação, a qual viria a se completar apenas na consumação da obra de Jesus, Sua morte e ressurreição.
Entretanto, por ser a nossa salvação eterna, já estavam os nossos nomes sendo escritos no Livro da Vida desde a fundação do mundo:
Apocalipse 17:8 a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá.
Assim, além destes textos, por observação, vemos que muitos aspectos de nosso mundo refletem objetos, verdades, situações, que estavam presentes na eternidade anterior à criação.
Podemos exemplificar que o Senhor reina assentado em um alto e sublime trono, representado de forma reduzida por vários monarcas contemporâneos. O seu lugar é um alto monte, com cópias existentes hoje no mundo em que habitamos. No céu existem taças, instrumentos musicais, incenso... e por ai vai...
Se você começar a analisar o mundo por esta ótica, vai perceber que existem muitas manifestações espirituais presentes em nosso dia a dia.
Se você concordar com isso que proponho, vai entender meu texto quando proponho que a idéia da existência de uma praça neste mundo físico, data de há muitos milênios.
Na verdade, antes do tempo!
Posso afirmar que por que não há nada de novo sob o sol, a existência de uma praça vem da eternidade anterior.
E esta praça original ainda existe hoje.
Lemos em Eclesiastes 1:9 O que foi é o que há de ser; e o que se fez isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol.
O homem foi criado por Deus e posto no Jardim do Éden; Deus estabeleceu um limite, um único limite para o homem:
Gênesis 2:15 Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. 16 E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, 17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
Fica claro que o homem morreria se desobedecesse este limite. Mas perceba que há um detalhe que quase nos passa despercebido. Quando lemos atentamente a seqüência deste relato, uma informação bastante importante salta aos nossos olhos:
Gênesis 3:22 Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. 23 O SENHOR Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. 24 E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.
Portanto, pela desobediência de Adão, que decidiu atender à proposta de Eva, que foi enganada pela serpente, o sistema que Deus havia criado para o homem foi corrompido.
Conforme Deus havia dito, o homem deveria morrer pelo seu pecado.
Entretanto, isto não ocorreu imediatamente, no momento em que comeu do fruto, mas como uma conseqüência, quando foi proibido de ter acesso à árvore da vida.
Deus declarou o juízo, a conseqüência da desobediência do homem. Este não mais poderia estender sua mão para tomar do fruto da árvore da vida. Adão e Eva não apenas foram expulsos do Jardim, como, e principalmente, impedidos de terem o seu acesso novamente a este lugar.
E adicionalmente, querubins passaram a guardar o caminho para a árvore.
Muitos arqueólogos procuraram encontrar o Jardim do Éden. Outros tentaram decifrar o seu local preciso. Imagino se não existem ainda nos dias de hoje, aqueles “caçadores de tesouros perdidos” em busca do seu acesso...
As indicações bíblicas de Gênesis 2:11-13, esclarecem que ele ficava entre quatro rios: Gangis (Pison), Nilo (Giom), Tigre e Eufrates. Mas será que a árvore da vida está em algum lugar desta região? Alguma espécie ainda oculta...
Ou então estariam os querubins, invisíveis, revolvendo suas espadas em algum lugar, nesta região, selando a passagem para alguma caverna de passagem, ou algum caminho perdido ao longo destes milênios?
Bem, eu creio que a resposta sempre está na própria Bíblia.
E, então, creio, entenderemos não apenas onde está a entrada de acesso ao lugar do Jardim do Éden onde fica a árvore da vida, mas também onde se iniciou o conceito de uma praça como um lugar principal para uma cidade:
Apocalipse 22:1 Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. 2 No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos. 3 Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, 4 contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. 5 Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos. 14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.

Aqui fica claro que a árvore da vida ficava, como ainda fica, no céu.
O Éden era um local físico, onde o homem estava, e ainda está; e um ambiente não material, mas sim, um lugar de transição, de passagem, entre o mundo espiritual, o local em que Deus habita, e o mundo físico, da terra, em que Adão vivia, onde nós vivemos.
E podemos vislumbrar um pouco da visão maravilhosa que Adão tinha no Éden: O Trono de Deus, alto e sublime, acima do jardim. O lugar da presença e da habitação do Todo-Poderoso, do Altíssimo. Um ambiente fora do tempo cronológico, por que Deus habita na eternidade.
Ele próprio é o Eterno.
Um lugar de adoração, de glória, de governo, de autoridade... tão elevado e sublime, que levou Lúcifer a abandonar sua posição de autoridade e honra, e a ousar cobiçar este lugar... Desejou este trono, e, por isso mesmo, por este pensamento absurdo e insano, foi lançado na terra.
Entrou no Éden; na figura de uma serpente, para tentar retomar seu projeto equivocado desde a eternidade anterior... E ainda fará uma nova tentativa nos últimos dias...
Mas este é um assunto para outro dia.
O que importa sabermos é que o Trono de Deus é também a Fonte de todas as coisas.
Dali, profeticamente, sai o rio da água da vida... mesma água que deve fluir de nosso interior, pelo mover do Espírito Santo, como Jesus nos ensinou:
João 7:38  Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. 
Portanto, temos que entender que são águas físicas, e águas espirituais, transicionais como o Jardim... o mesmo rio que é descrito por Davi, visto por ele em uma visão profética no Salmo 46:4 Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. 5 Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhã.
Seguindo o texto de Apocalipse, abaixo do Trono de Deus, vemos a primeira praça, existente desde a eternidade anterior. Ela fazia parte do projeto arquitetônico do Senhor que, ao longo de toda a criação, nos mostra Sua sabedoria, criatividade, senso estético precioso, que sempre revela, ao mesmo tempo, Sua grandeza e poder, bem como sua suavidade e delicadeza.
Esta praça é atravessada pelo Rio da água da vida.
Este Rio contornava a Árvore da Vida, e saindo do “mundo espiritual” atravessava um ambiente transicional entre ambos os mundos, e ingressava no mundo físico, como podemos constatar até hoje, pelo fato de que aqueles quatro rios, que faziam parte deste Rio, ainda estão em seus respectivos lugares...
Antes da queda Adão tinha acesso ao mundo espiritual livremente. Acesso ao ambiente da presença de Deus, embora o relato de Gênesis seja claro em dizer que Deus vinha até o Jardim falar com o homem... Adão, aparentemente, não ia ao lugar da habitação de Deus. Podemos até mesmo imaginar que ele tinha acesso... mas será um pensamento sem base bíblica, portanto, não podemos considerar como verdadeiro.
Mas fica muito claro que ele tinha acesso àquela praça maravilhosa, tão próxima do Trono do Senhor. Dali, Adão vislumbrava toda a manifestação gloriosa diante do Trono de Deus...
Era neste lugar este em que Adão e Eva tinham acesso à árvore da vida.
Lugar de eternidade, não de tempo cronológico.
Lugar da morada de Deus.
Lugar em que um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia...
E este acesso foi fechado após o pecado.
O lugar do Trono de Deus é descrito em vários textos na Bíblia.
Trata-se de um lugar grandioso, e em muitos aspectos, incompreensível para a mente humana. Uma destas descrições está em Apocalipse 4, onde lemos o relato de João, que para algumas correntes de interpretação bíblica, prefigura o arrebatamento da igreja. Para ele, naquele momento, foi aberta uma porta de acesso a este local.
Lemos a partir do verso 1 Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas. 2 Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado; 3 e esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda. 4 Ao redor do trono, há também vinte e quatro tronos, e assentados neles, vinte e quatro anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estão coroas de ouro. 5 Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões, e, diante do trono, ardem sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus. 6 Há diante do trono um como que mar de vidro, semelhante ao cristal, e também, no meio do trono e à volta do trono, quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás. 7 O primeiro ser vivente é semelhante a leão, o segundo, semelhante a novilho, o terceiro tem o rosto como de homem, e o quarto ser vivente é semelhante à águia quando está voando. 8 E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro; não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir. 9 Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações de graças ao que se encontra sentado no trono, ao que vive pelos séculos dos séculos, 10 os vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão diante daquele que se encontra sentado no trono, adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas coroas diante do trono, proclamando: 11 Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.
Este relato é tremendo. Claro que vou deixar para os estudiosos firmarem suas posições, quanto aos personagens descritos diante do trono de Deus, que já se encontravam posicionados ali no tempo de Adão, e quais não estavam... creio que a presença dos 24 anciãos abra margem para discussões... entretanto, temos por certo que, além de uma beleza extraordinária, manifesta aos olhos de forma incompreensível devido à falta de parâmetros, por ser impossível a comparação com os padrões do que conhecemos, com certeza aquele ambiente também era um lugar de Sons maravilhosos, muitos incompreensíveis também para nossos padrões... os Sons do Céu!
Dali, Adão ouvia a Voz de Deus, voz como de muitas águas, como som de trovões, como harpistas tocando as suas harpas (Apocalipse 14:2).
Deus reinando, ordenando, estabelecendo por Suas palavras.
Louvores cantados pelas mais diversas classes de seres espirituais.
Palavras e declarações acerca dAquele que era, que é e que há de vir.
Imagens e cenas a nós relevadas na Bíblia, e aquelas não reveladas.
Não reveladas por serem incompreensíveis para a mente humana.
Na visão de João temos a informação que além destes, estavam presentes homens e mulheres diante daquele trono. Na perspectiva de Adão ainda não havia este povo.
Mas temos a informação a respeito dos sons dos instrumentos musicais celestiais.
Que ambiente tremendo... visões e sons do céu.
Naquele tempo, antes da queda, Adão sabia todas as coisas sem que alguém o ensinasse. Ele tinha TODAS as coisas em Deus.
Gênesis 2:19 Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todos os animais do campo e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles. 20 Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea.
Adão teve a capacidade de dar nome a todas as classes de animais existentes naquele momento, e precisamos lembrar que de lá até hoje, centenas de espécies foram extintas. Podemos tentar avaliar a inteligência de Adão, comparando com a de Salomão.
Ele que foi o homem mais sábio que andou por sobre a terra, teve que estudar muito para adquirir um conhecimento próximo ao de Adão.
I Reis 4:33 (Salomão) Discorreu sobre todas as plantas, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que brota do muro; também falou dos animais e das aves, dos répteis e dos peixes.
Pelo fato de ter recebido uma abençoada sabedoria, divina e sobrenatural, Salomão teve condição de estudar e aprender, muito acima dos demais homens da terra. O único limite para o seu conhecimento, foi o conhecimento humano disponível na época, tanto em livros como na transferência oral.
Com base neste conhecimento, ele pode vir a discorrer sobre tudo o que havia na época.
O texto bíblico não diz que falou de todos os animais. Até por que nos livros da época, com certeza, não havia escrito sobre todas as espécies.
A Bíblia nos diz que Deus trouxe toda a sorte de ensino para a humanidade através do “ouvir”. Toda a tradição de Seu povo era transmitida de forma oral. Todas as vezes que Deus se dirigiu a qualquer homem que Ele chamou, Ele falou.
A fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus. Então, eu creio que todo o conhecimento de Adão veio a partir do som da voz de Deus. Dos Sons que ele ouvia vindos do céu.
E assim Adão participou na conclusão da criação, junto com Deus. Dando os nomes para todos os animais.
E Deus teve muito prazer nisso.
Você sabe o nome de todos os animais, peixes, aves?
Então, viaje comigo e imagine como era a inteligência de Adão antes da queda...
Agora, avalie comigo o que deve ter acontecido com Adão após a queda...
Após encontrar com Adão, Eva e a serpente, Deus declarou uma maldição sobre a terra que, a partir de agora, ela sofreria com pragas, e não teria mais a mesma força.
Adão teria que trabalhar com o suor do seu rosto. Eva seria, a partir de agora, dominada por seu marido. A serpente rastejaria sobre o seu ventre.
E, além de tudo isso, Adão foi lançado para fora do Jardim. Na verdade, fora do Jardim, em que era manifesta a presença de Deus.
Foi bloqueado em seu acesso a este lugar tão especial.
Observe que a Bíblia nos diz que Adão viveu 930 anos... NADA do que tenha dito ou realizado após este momento, foi registrado na Bíblia. Temos breves relatos sobre o nascimento de alguns de seus filhos, mas é Eva quem aparece dando nome a eles.
Adão que deu o nome a todos os animais, não deu nome a seus filhos...
Gênesis 4:1 Coabitou o homem com Eva, sua mulher. Esta concebeu e deu à luz a Caim; então, disse: Adquiri um varão com o auxílio do SENHOR.
Gênesis 4:25 Tornou Adão a coabitar com sua mulher; e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Sete; porque, disse ela, Deus me concedeu outro descendente em lugar de Abel, que Caim matou. 26 A Sete nasceu-lhe também um filho, ao qual pôs o nome de Enos; daí se começou a invocar o nome do SENHOR.
Sobre Adão, nada mais. Eu fico pensando que ele deve ter vivido uma terrível crise nos anos seguintes ao pecado.
Claro que Adão deve ter falado, descrito a seus filhos como era a vida antes, produzido algo ao longo de seus 930 anos de vida...
Nada, porém, que o Senhor achasse importante ou necessário de se registrar nas Escrituras.
Mas sabe? Eu tenho uma impressão muito forte em meu coração...
Adão deve ter edificado uma praça... ou praças...
Uma praça que tivesse um altar, árvores, água... Uma busca triste e silenciosa de criar uma representação de um ambiente que ele sabia que ainda existia, mas ao qual ele não mais tinha acesso.
Um ambiente que ele freqüentou, mas cujo acesso se perdeu pela desobediência.
Uma forma de se manifestar o desejo de buscar ao Senhor; um entendimento de que havia de se fazer isso em um lugar adequado para este fim, e que tivesse ingredientes compatíveis com o mundo espiritual, o qual ele conheceu anteriormente.
Este entendimento para mim é absolutamente verdadeiro e bíblico, posto que o próprio Deus, quando, aí sim, Ele mesmo deu a revelação do tabernáculo, do templo, dos utensílios, apresenta ao homem um ensino de como criar um ambiente que seja adequado à Sua presença, trazendo a revelação de desenhos, texturas, materiais e medidas para se fabricar elementos terrenos que representem os elementos celestiais.
Este era o modelo do Velho Testamento.
Representações no mundo natural de figuras do mundo espiritual. Mas, neste caso, a partir de uma decisão do próprio Deus de trazer esta revelação.
Talvez, até mesmo por isso, por uma busca de Adão de voltar ao princípio, depois de alguns anos, temos o registro que Sete teve seu filho Enos; e que a partir deste momento, se começou a invocar o nome do Senhor.
Adão era quem conhecia o sistema anterior... a presença de Deus.
Creio que ele buscou um memorial... ou seria uma forma artificial de ter acesso a Deus?
Uma tentativa religiosa... com uma forma religiosa?
Ou como uma representação profética do que ele conhecia?
Eu creio que foi assim, e creio que isso se perpetuou ao longo dos tempos.
Até hoje é na praça que muitas coisas acontecem... festivais religiosos ocorrem nas praças. Em muitas praças ocorrem encontros de pessoas... é um lugar de descanso em cidades pequenas. Um lugar de conversas, eventos políticos... Tantas coisas.
Biblicamente, muitas coisas aconteceram nas praças: As duas testemunhas do Apocalipse ficarão mortas na Praça de Jerusalém. Jesus contratou os trabalhadores da última hora na praça. Paulo e Silas foram levados á praça para que fosse resolvida aquela questão de forma pública.
Enfim, a praça ainda é, portanto, uma referência silenciosa de coisas espirituais.
É uma forma artificial, uma representação... uma forma humana e religiosa de se tentar reproduzir um lugar cujo acesso se fechou e foi interrompido.
Aliás, já percebeu que todos nós temos algumas “memórias genéticas inconscientes”?
Não sei se você já pensou assim, mas nós temos muitas impressões interiores que não sabemos bem como explicar.
Por exemplo, muitos de nós temos uma “nostalgia das 6 horas da tarde”. Se você parar para pensar, é um horário que temos um desejo inconsciente de buscar algo... ou Alguém. Alguns se sentem tristes...
Nostálgicos...
Não por coincidência, este era o horário em que Deus vinha buscar o homem para ter comunhão. O autor de Gênesis relata que Deus vinha pela viração do dia.
Exatamente por isso, temos um movimento religioso, de oração a uma suposta senhora, falsa, neste exato horário.
Nós também temos, muitas vezes, uma impressão de sermos deuses, não? Sentimos-nos imortais, muitas vezes... fazemos planos como se fossemos viver para sempre... todo poderosos...
Temos esta busca do eterno...
Gostamos de filmes e histórias de super-heróis. A humanidade toda tem este sentimento ìnconsciente.
E assim, alguns símbolos, como a praça persistem até hoje... permanecemos com estes sentimentos inconscientemente dentro de nós.
Milênios se passaram desde o primeiro Adão.
Deus, em seu amor infinito nos providenciou o último Adão – Jesus, O Cristo.
O Filho aceita, e se esvazia de ser quem era, para ser reconhecido em figura humana.
Ele, que passa a ter, a partir deste momento, as duas perspectivas, ou seja, a de estar com Deus naquele ambiente antes da queda, agora, como homem, se vê do lado de fora, posto que estivesse agora vivendo no nosso mundo físico.
Eis que então Jesus declara: João 14 6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.
Outra vez, agora de uma forma ainda mais clara: João 10:1
Em verdade, em verdade vos digo: o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador. 2 Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas. 3 Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora. 4 Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz; 5 mas de modo nenhum seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos. 6 Jesus lhes propôs esta parábola, mas eles não compreenderam o sentido daquilo que lhes falava. 7 Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. 8 Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. 9 Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem.
Jesus está trazendo um ensino bastante profundo neste texto.
Creio que quando entendemos que o caminho para a praça estava fechado pelos querubins, torna-se mais fácil entender alguns dos ingredientes que Jesus usa aqui.
Primeiro, VEM AO PAI – Jesus fala da perspectiva de quem está dentro, ou COM o Pai. Vamos lembrar que Adão ficou para fora da presença de Deus. Foi excluído pelo seu pecado.
Segundo, ENTRA PELA PORTA, VEM PELO CAMINHO – Jesus em João 14 e agora, se apresenta como o CAMINHO de acesso ao local da habitação do Pai, e, a própria PORTA de entrada. No texto de Apocalipse, João diz que são bem aventurados aqueles que lavam suas vestes no sangue do Cordeiro e entram na cidade pelas portas.
O próprio Cordeiro é o Caminho e a Porta, porta de acesso à cidade da presença de Deus.
Terceiro, quem “ENTRAR POR MIM”; neste caso, todos nós que estamos de fora.
Entraremos por Ele. Entraremos no Jardim, na Cidade de Deus. Sairemos de onde estamos. A palavra que usamos para “igreja” vem do grego ekklesia, derivação de ekaleo, que significa “assembléia dos chamados para fora”. Ou seja, chamados para fora deste sistema, para entrar no ambiente da presença de Deus, na Sua Santa Cidade.

Entramos pelas portas, cruzamos a praça... e chegamos até diante do Trono de Deus! Aleluia!
Na verdade, Jesus estava, inclusive, citando uma profecia de Miquéias: 2: 12
Certamente, te ajuntarei todo, ó Jacó; certamente, congregarei o restante de Israel; pô-los-ei todos juntos, como ovelhas no aprisco, como rebanho no meio do seu pasto; farão grande ruído, por causa da multidão dos homens. 13 Subirá diante deles o que abre caminho; eles romperão, entrarão pela porta e sairão por ela; e o seu Rei irá adiante deles; sim, o SENHOR, à sua frente.
Aqui, vemos tratar-se claramente de uma dimensão mais alta, pela frase de que o que abre o caminho “Subirá”... Jesus subiu para as alturas. É para lá que vamos, seja pela morte, seja pelo arrebatamento. A realidade da entrada na cidade de Deus é para cima! Paulo trás uma perspectiva desta realidade... “subirá” o que abre caminho... para que nós subamos depois...
Em Colossenses 3:1
Se, portanto, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá de cima, onde Cristo está, sentado à destra de Deus; 2 pensai nas coisas lá de cima, não nas que estão sobre a terra.
Jesus subiu, e assentou-se à destra do Pai. Abriu-nos um “novo e vivo caminho”. Este caminho está aberto para entrarmos enquanto estamos aqui, hoje mesmo, pela oração, conforme lemos:
Hebreus 10: 19 Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, 20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, 21 e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura.
Futuramente, entraremos no sentido literal. Aleluia.
Eis novamente o texto deste momento precioso...
Apocalipse 22:1 E mostrou-me o rio da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. 2 No meio da sua praça, e de ambos os lados do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a cura das nações. 3 Ali não haverá jamais maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão, 4 e verão a sua face; e nas suas frontes estará o seu nome. 5 E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de luz de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumiará; e reinarão pelos séculos dos séculos.
22:12 Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo a sua obra. 13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro, o princípio e o fim. 14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes [no sangue do Cordeiro] para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.
Entretanto, esta entrada será precedida por um evento espetacular.
Único na história da humanidade...
E este evento será marcado por algo tremendo...
Será precedido por SONS vindos do CÉU!
Você já ouviu sons do céu?

Que Deus nos abençoe com revelação, pela Sua Palavra e pelo seu Espírito Santo, que nos revela Jesus, O Cristo... Até Aquele Dia.
Que possamos estar preparados para ouvir Sua voz, nos reunindo.

Abraço forte,

Haroldo Maranhão

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